quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fato inusitado...


Todo mundo tem um dia em que ocorre algo inusitado. Ontem eu tive o meu. No início da noite estava na Feira do Livro para participar de dois lançamentos de livros de pessoas amigas e queridas, quando o meu telefone tocou e era do gabinete da governadora. Recebo a determinação de, em questão de 30 minutos, representar a governadora no evento Troféu Cultura Econômica do Jornal do Comércio, pois ela não conseguiria chegar a tempo por estar se deslocando de Brasília para Porto Alegre. Eu, que, como jornalista, normalmente dou uma passada nesses eventos, naquela noite tinha essa intenção, no entanto não sabia que iria representando a chefe de estado, mas como tenho por princípio que missão dada é missão cumprida, lá fui eu cumprir a minha. Chegando no local encontrei vários amigos, colegas da comunicação e empresários. Fui informada de que somente três pessoas falariam: o presidente do jornal, Mércio Tumelero, um representante da Caixa RS e eu, representando a governadora. Até aí, tudo bem, porque rapidamente organizei meus pensamentos com exatidão para fazer o meu pronunciamento, que seria logo após a fala do presidente. Mas o que eu não contava e nunca tinha me acontecido, é que enquanto o presidente fazia o seu discurso e todos assistiam (inclusive eu estava sentada bem na frente) vem até mim o assessor do gabinete da governadora, Marcos, e fala: “secretária, a governadora quer falar com a senhora agora”. Eu, que sou disciplinada na minha conduta pessoal, porque aprendi desde muito cedo que quando alguém fala devemos escutar, jamais levantaria no meio de um discurso para atender um telefonema. Vivi um momento ímpar, pois não sabia se saía para atender a governadora Yeda ou ficava para escutar. Rapidamente, peguei o telefone e expliquei a situação e disse que falaria com ela logo após o pronunciamento do presidente, o que ela compreendeu na sua sensibilidade, tudo em questão de segundos. Feito isso, fui chamada para falar e decidi que compartilharia com a platéia aquela situação que, pela primeira vez na vida tinha vivido. E relatando esse fato, os convidados entenderam o impasse pelo qual passei e caíram no riso, acharam muito engraçado. Depois disso fiz a minha fala. Resultado que eu, que não estava com o discurso pronto, fiz do limão uma limonada. Tudo ocorreu no tempo e na medida certa respeitando os princípios da boa educação. O mais legal é que isso, que não estava no script, acabou também surpreendendo e emocionando o presidente Mércio. Mesmo em eventos com grande pompa podem acontecer momentos imprevisíveis, quando temos que tomar decisões rápidas. Aí, o segredo é seguir as nossas convicções.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.