terça-feira, 3 de novembro de 2009
Feriado movimentado
Minha agenda, neste feriado, teve espaço para ficar com a família, confraternizar com amigos e, como sempre, divulgar a cultura.
Ainda na quinta-feira à noite, quando cumpria a agenda de secretária em um evento cultural, recebi uma mensagem do Roque, produtor da Rádio Bandeirantes. Ele me pediu para participar do Jornal Gente na sexta-feira, às 8h30min, e falar sobre a Feira do Livro. Como era feriado do dia do servidor público e não tinha nenhum compromisso agendado pela manhã, prontamente aceitei o convite.
No dia seguinte, lá estava eu, na Band, com o Osiris, o Fernando Albrecht, Adão Oliveira e Nestor Hein. Uma hora de programa falando sobre Jornada de Literatura de Passo Fundo, Feira do Livro e pretensões políticas. Esse espaço foi muito importante para apresentar o que estamos fazendo na Secretaria da Cultura. Todos sabem que não temos recursos na Cultura para realizar grandes campanhas publicitárias, e oportunidades como esta são sempre muito bem-vindas. A imprensa é uma grande apoiadora da cultura.
Emoção e surpresa na abertura da Feira do Livro
Estava previsto que, no início da noite, eu abriria a Feira do Livro juntamente com a governadora. Entretanto, no meio da tarde, recebi uma ligação da chefe de Estado e fui informada que ela não poderia comparecer. Pediu-me, então, que abrisse o evento e a representasse.
Ao chegar no local e conversar com algumas pessoas, percebi que elas estavam preocupadas com a possibilidade de ocorrerem vaias, pois havia um "tititi" de grupos de oposição ao governo. Foi até engraçado, porque eu sendo governo e ali representando a Governadora do Estado, seria, pela lógica, a pessoa vaiada, mas foi justamente quem acalmou os que estavam agitados. Olha, eu nunca enfrentei uma vaia declarada para mim ou para quem represento e não tenho medo de cara feia e nem de gritos, claro que tenho horror a grosserias e considero manifestações desse tipo uma delas, mas creio que deixaria os mal educados constrangidos.
Então, na hora em que fui anunciada para fazer o pronunciamento, coloquei a mão na minha medalha de Nossa Senhora das Graças e subi ao palco. Sim, eu esperei as vaias que estavam sendo anunciadas, pode isso? Olhei para frente, para cima e para os lados e nada de vaias. Todos em silêncio absoluto aguardando a minha fala. A imprensa estava atenta a todo e qualquer movimento da platéia. Eu demorei em dar início a fala esperando as tais vaias e elas não apareceram. Ninguém entendeu essa espera, mas eu senti necessidade desse tempo. Então, com receptividade, engatei uma primeira, fui ouvida com respeito e me senti muito bem saudando o início da Feira do Livro e enfatizando a todos a importância do livro como instrumento civilizador, que distribui alma, inteligência, conhecimento, diversão e poesia, e representando uma ferramenta maravilhosa para nossas crianças e jovens de hoje.
Outro momento curioso foi quando o representante do Governo Federal falou sobre as realizações do Ministério da Cultura e dirigiu um pedido a Secretaria de Estado da Cultura para que investisse em projetos culturais, principalmente, na área da literatura. Aproveitei a oportunidade para lembrar que o Rio Grande do Sul é o estado do Brasil que mais tem feiras do livro. Somente nesta gestão foram investidos mais de R$ 6 milhões em feiras de livro.
Após a cerimônia de abertura da feira, o Xerife bateu a sineta e eu, o prefeito, o patrono desta feira, o presidente da Câmara do Livro e a Traça Biblió, o acompanhamos na tradicional caminhada entre as bancas. O som da sineta, a alegria do patrono e a descontração do momento contagiavam as pessoas que já circulavam pela praça. Algumas delas me pararam para conversar e outras fizeram elogios ao trabalho que estamos realizando na Secretaria.
Às 20h30min, saí da Feira do Livro com uma sensação de missão cumprida e muito bem cumprida, pois participei de todos os momentos da abertura com coragem e orgulho que tenho de ser a Secretária de Estado do Governo Yeda Crusius. Entrei no carro e fui para casa trocar de roupa, pois o próximo compromisso da noite era o casamento do filho do meu amigo Ruy Lopes e da minha amiga e grande artista plástica Arminda Lopes.
Confraternização com amigos e encontro com a família
Nessas horas em que o tempo é contado é que vejo como é útil ser organizada. É que na véspera eu tinha deixado separado o vestido, o sapato, o perfume, a meia, a bolsa e demais acessórios. Então, tomei um banho e em minutos fiquei pronta para o casamento. Que festa maravilhosa!
Encontrei muitos amigos que não via há tempos e que gosto muito. Entre eles estava o jornalista o Diego Casagrande. Conversamos sobre comunicação e política e lembramos de algumas histórias de quando assumi a Secretaria da Cultura. Meu marido Alexandre e eu, ficamos na mesa onde também estavam o prefeito José Fogaça, a Isabela Fogaça, o juiz Ruy Rosado Neto, sua esposa e seu pai, Ruy Rosado de Aguiar Junior, Ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça. A conversa foi animada e o tema girou em torno do nosso Estado e do mundo jurídico.
No sábado pela manhã, fui “convocada” por meu pai, Pedro Américo Leal, a almoçar com ele, que normalmente reúne a família nesse dia. E como isso me fez bem. Mais uma vez reforcei a minha idéia de que ninguém me conhece melhor do que o patriarca da família Leal.
Leitura e conversas na Feira do Livro
Domingo, dediquei à Feira do Livro. Fui à Praça da Alfândega fazer as minhas compras. Conversei com livreiros, atendentes, lojistas e taxistas, que comemoravam o movimento da feira, o que prova que a cultura mexe com a economia. Tomei café apreciando os livros recém adquiridos.
Cultura o tempo todo
No feriado de segunda-feira, voltei a Feira do Livro para participar do programa da Rádio Guaíba com o jornalista André Haar e de um programa na Band News com o Osiris, e dessa vez fui acompanhada da família, que, enquanto eu estava nos estúdio, aproveitaram para curtir a Feira. Mesmo com o calor, 34º C, o público nesse dia foi grande, mais de 120 mil pessoas.
Posso dizer que vivi intensamente a feira nesse feriado prolongado exercendo meu papel como cidadã porto-alegrense, jornalista, como representante do Governo e como Secretária da Cultura.
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