sábado, 19 de dezembro de 2009

Mulheres pioneiras

Dentro da programação do Dia Nacional do Ministério Público, a procuradora-geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha, inaugurou, na última semana, a Sala das Mulheres Sophia Galanternick Sturm, no Palácio do Ministério Público.
Na ocasião, foram homenageadas as mulheres que fizeram parte da história da Instituição pelo seu pioneirismo: Sophia Galanternick Sturm, primeira promotora de Justiça do Estado e do Brasil; Maria Isabel de Azevedo Souza, primeira procuradora de Justiça do Ministério Público; Simone Mariano da Rocha, primeira procuradora-geral de Justiça; Jacqueline Fagundes Rosenfeld, primeira corregedora-geral; Maria Regina Fay de Azambuja, primeira ouvidora-geral; Eunice Terezinha Ribeiro Chalela, Iolanda de Oliveira Samuel, Lígia da Costa Barros e Marly Raphael Malmann, primeiras promotoras de Justiça após Sophia Galanternick, aprovadas no concurso de 1976; e Letícia da Silva Palhano, primeira motorista do MP.
Essas mulheres não só foram pioneiras em muitas coisas, mas também, e principalmente, deram asas aos nossos sonhos. E a frase do Governador Osvaldo Cordeiro de Farias – 1938 a 1943, que está registrada na página 343 do livro “Olhar Feminino: Histórias de Vida do Ministério Público”, diz muito sobre a trajetória dessas mulheres:

“De ordem do Senhor Governador, comunico à Senhora que o governador não quer mulher casada na Promotoria. Agradeço o seu serviço.”

Assim, Sophia Galanternick, 1ª Promotora de Justiça do país, foi afastada de suas funções.
Mesmo com esses empecilhos, muito devemos a mulheres como Sophia por hoje ser tão forte e indispensável a presença feminina na sociedade, mesmo que ainda estejamos escalando degraus para chegarmos a um quadro mais justo e igualitário entre homens e mulheres, quanto a chances de emprego, salários equivalentes e condições de trabalho nas diversas áreas. A mulher se dá bem e conquista, cada vez mais posições, muito devido ao seu talento nato para doação, que ocorre em qualquer função e em qualquer área de atuação, seja no trabalho e principalmente junto à sua família e aos filhos. Arrisco a dizer que a mulher tem, na verdade, uma sensibilidade característica da feminilidade e da maternidade que faz com que ela se sinta mais atingida pelo sofrimento humano e tenha um desejo maior de ajudar, de se engajar por causas injustas e lutar pela melhoria do bem estar social do meio que a rodeia. O que essas mulheres, que estão sendo homenageadas através da Sala Sophia Galanternick do Ministério Público, fizeram de forma excepcional e pioneira no campo jurídico.

No evento de inauguração, representando a Governadora Yeda Crusius.

A procuradora-geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha, e a Procuradora de Justiça Supervisorado Memorial do MP, Mauren Jardim Gomes, no momento da inauguração da Sala das Mulheres Sophia Galanternick Sturm.

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