Estou em Torres para passar o final de semana e assim que cheguei, fui imediatamente visitar os meus pais. Cruzei a varanda da casa velha, a passos apressados, rumo à casa nova. Estava com muita vontade de vê-los. É que me bateu uma saudade! Curioso isso porque, durante essa época do ano, eles sempre ficam na praia e eu na capital, e costumo vir só nos finais de semana. Penso que a explicação mais plausível para isso é que sentimento não se determina, se sente. Pousando a caneca sobre a perna direita, meu pai correu os olhos sobre mim, procurando constatar se tudo parecia estar bem. Mas ele, com sua perspicácia de pai e conhecimento de psicólogo, sabia que não podia confiar só nas aparências. Sorveu outro gole de café – excessivamente forte – e tornou a descansar a caneca sobre a perna, me dizendo: “Estás precisando falar, começa por me contar esses movimentos do PP com o PSB e PCdoB...”.
Conversamos por um longo tempo sobre tudo, mas especialmente sobre a lealdade profissional versus fidelidade partidária; saí de alma leve e fortificada.
Consolidei minhas ideias e, mais importante que isso, recebi o afago e a certeza de que “Ele” está ali, sempre pronto para acolher, me entender e me orientar.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Pai perspicaz
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