Como Secretária de Estado da Cultura, trabalho pela manutenção da nossa identidade gaúcha e da nossa história, certa da importância que é preservarmos e valorizarmos o que é natural da terra, o que é genuíno do povo. Quando isso é bem trabalhado pelos municípios e pelo estado em geral, os resultados positivos aparecem e muitos deles vem das atividades e da produção ligadas à pecuária, à agricultura, sempre acompanhados de tradição e cultura.
Nesses três anos de Secretaria da Cultura, tenho viajado bastante pelo interior do nosso estado, conhecendo a vida das pessoas do campo e a realidade de quem trabalha na terra por necessidade, mas também por tradição e vocação de gaúcho, e, por conseqüência, vejo a realidade dos produtores e fazendeiros, que empregam muitas dessas pessoas e suas famílias, gente, que, com condições para o trabalho no campo, com dignidade e renda, não precisa procurar empregos na capital e pode dar continuidade à tradição, e, assim, garantir a economia gaúcha.
Porém, isso só acontece se forem oferecidas condições favoráveis para todos os aspectos ligados ao meio rural, considerando suas peculiaridades ligadas ao clima, que afeta o gado e o plantio, às safras e ao mercado.
Lendo um material sobre as Dívidas do Agronegócio, constatei, como cidadã, que a situação é preocupante, já que este é um dos setores mais importantes para o desenvolvimento pleno do nosso Rio Grande do Sul e o mais forte para a nossa economia. Mas como isso pode acontecer se o estado conta com produtores rurais endividados e sem estrutura para se reerguer, que já não compram mais máquinas, não se modernizam, comprometendo o andamento da cadeia produtiva?
Realmente, assim como indica a apresentação do Sindicato Rural de Santiago, Unistalda e Capão do Cipó, é preciso fazer alguma coisa com urgência, pois é desse segmento que sai a comida do nosso povo e o sustento de muitas famílias gaúchas.
Vou acompanhar a luta de todos desse setor por melhorias, na busca por novas alternativas e soluções e me colocar à disposição para auxiliar no que for de meu alcance, pois é um sentimento interessado e verdadeiro que tenho por tudo que diz respeito ao campo.
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