A vida da gente é tão corrida que tem vezes que passamos “batido” por algumas coisas que são fundamentais para a manutenção do nosso equilíbrio físico e mental. Não enxergamos que está ali, do nosso lado, muito próximo e sem custo nenhum, aquilo que nos faz bem, e o que é melhor, sem stress de aeroporto, avião, malas e hotéis. A verdade é que para descansar não é preciso ir longe e, para sentir um bem estar, não é preciso muito. A primeira regra básica necessária para isso é estar satisfeito consigo mesmo e não depender dos outros para ser feliz. Então, com base nesse meu mais novo sentimento, eu vou contar para vocês, o meu primeiro dia de férias.
Quinta-feira dia 1º de abril:
Acordei às 7h, coisa rara isso, pois normalmente acordo às 6h. Fico pensando que a mente humana é mesmo uma caixinha de surpresas. Não é que bastou eu sair da secretaria para me desligar por completo ao ponto de dormir mais do que o de costume? E, hoje, como eu tinha tempo sobrando, tomei café e li os jornais no jardim da minha casa. São três jardins, frente, lado e fundos. Esse que eu falo é na lateral, no segundo andar. É meu local preferido da casa. Ali os pássaros, muito cedo, tomam conta das árvores e entoam melodias lindas. Fiquei por horas apreciando a natureza e curtindo aquele espaço do meu paraíso. Minha nossa, há quanto tempo eu não fazia isso! Acho que aí já se vão sete anos que não me dava esse tempo de férias dentro de casa. Sim, pois de 2004 a 2006 eu fui vereadora de Porto Alegre e vice líder do governo Fogaça. Depois, concorri ao Senado Federal e, de 2007 a 2010, estive no Governo Yeda Crusius.
Às 10h, fui na casa da minha filha Juliana para levar a Martina para passear.Eu quis que minha primeira manhã de férias fosse só dela, e foi. Nós duas percorremos as ruas do bairro Moinhos de Vento, onde passei minha adolescência. Morei na avenida 24 de Outubro esquina Vila Jardim Cristhofel. Depois de um longo passeio, fomos a rua Padre Chagas e ocupamos uma mesa do Café do Porto para eu tomar um café e dar o suco de laranja para a Martina. Bem, aí foram momentos engraçados, porque encontrei muita gente conhecida.Uma dessas pessoas, que fez uma festa danada quando me encontrou, foi o meu amigo, deputado Bonow. A única coisa que eu não gostei da nossa conversa é que ele disse que não vai mais concorrer a deputado federal.Isso é ruim, porque se os bons começarem a cair fora, o que será do Rio Grande do Sul? Também sentou na minha mesa a empresária Adriana Cauduro. Ela é maravilhosa como pessoa e profissional, além de uma mulher linda e alegre.Era meio dia quando me aprontava para ir embora com a Martina e surgiram duas amigas muito queridas e de longa data, a Patrícia e a Lise, aí fiquei mais um pouco e colocamos os assuntos em dia. Subi para o apartamento da Juliana porque era hora do almoço da Martina. Dei um banho nela com direito a folia com palmas, derramando água para todos os lados, coisas que só uma avó pode se dar o direito de fazer.Depois fui para a operação papinha, algo que não fazia há 24 anos.Bah, mais parecia uma guerra do que um almoço, porque ela fez motorzinho e voou sopa na parede, na cadeira de comer, no meu rosto e na roupa.Sem contar que ela, querendo me fazer pagar um mico com a missão daquela manhã, lá pelas tantas resolveu fechar a boca para a colher e eu ali me debulhando em caras e caretas para a menina comer. Depois, foi o momento da mão dentro do prato. Ufa, foi uma tarefa e tanto, mas, ao fim e ao cabo eu sobrevivi, e o que é melhor, consegui que a Martina comesse tudo. Hora de arrotar e em seguida uma soneca. Ficamos as duas deitadas e abraçadas e logo ela pegou no sono, agarrada nos meus cabelos como se me segurasse para não ir embora - e quase que conseguiu porque me arrependi da combinação que havia feito para o almoço em casa.
De tarde, novamente, eu fiquei curtindo minha casa. Coloquei um abrigo e, ao som de um CD que dia desses eu ganhei de presente, organizei meu closet como queria. Sou super organizada, só que na jornada tripla que enfrentei nos últimos anos, não conseguia fazer isso e tive que delegar essa tarefa que, por melhor que fosse feita, não tinha o meu jeito e aí eu me atrapalhava toda na hora de procurar uma roupa. A noite eu não saí, coisa que sonhava fazer há muito tempo - curtir o anoitecer em casa, em vez do habitual, que era estar trancada no trânsito ou chegar muito tarde depois de ter comparecido a dois ou três eventos culturais, geralmente sem ter jantado - e vem daí que perdi quase oito quilos nessa rotina pesada.
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