Um roteiro pesado pelo interior, não em função da minha agenda e dos lugares que visitei, mas por conta de ter pego vários trechos de estrada com problemas, resultou na impossibilidade de comparecer no almoço de família na casa dos meus pais. Esse encontro acontece de quinze em quinze dias. Nessa minha nova caminhada política, tenho faltado a alguns almoços, e, confesso que essa é a parte mais difícil de administrar, porque adoro esse convívio. Então, eu vinha na estrada pensando na vida e senti uma saudade danada da minha grande família. Sim, minha família é grande e muito unida. Eu tenho orgulho disso! Somos sete filhos, cinco mulheres e dois homens. Meus pais nos passaram valores fundamentais para nossa formação e agora avalio que, na época, eles estavam formando personalidades. Minha mãe, com sua bondade e religiosidade e meu pai, com a garra de vencer, impregnaram, sem perceber, cada um de nós com traços valiosos de espírito de luta, lealdade, compromisso, solidariedade, respeito e amor à família. Fui vivendo a minha vida sabendo disso, mas, hoje, me surpreendi durante essa volta da viagem, que foi longa, ao reafirmar para mim mesma, de forma muito profunda, que meus pais haviam legado, à nós, uma força invulgar: a da união familiar. Eles, com seu jeito amoroso, sabiam que nós teríamos pela frente muitos “rounds” no combate da vida, que teríamos pressa e preocupações, que correríamos o risco de "passar batido" por coisas que eram importantes e que deveriam ser sempre cuidadas, por isso aquele apelo em forma de ensinamentos: "Não Descuidem da Nossa Família! Haja o que houver, permaneçam juntos, pois os desencontros fazem parte do jogo, não são surpresas, devem ser equacionados". Meus pais repetiam sempre: "Somos uma família, pratiquem com os filhos de vocês esta mensagem de coesão".
E crescemos pensando nisso. Meus irmãos são pessoas especiais na minha vida. Cada um do seu jeito e dentro do seu tempo, sempre se faz presente na vida dos outros. Agora entendo, com saudades, da nossa época de crianças e adolescentes, quando, nas brigas tão comuns entre irmãos, éramos obrigados a fazer as pazes antes de dormir, porque irmãos são amigos de sangue e não podiam ficar de mal. Meus pais eram categóricos quanto ao compromisso que tínhamos com a nossa família e que deveria ser passado para a outra geração, nossos filhos. Acho que essa cultura de irmãos amigos para sempre foi desenvolvida de uma maneira tão especial dentro de cada um de nós da família Leal, que serviu para atravessarmos algumas tempestades e muitas mudanças, sempre juntos, um apoiando o outro, conscientes de que a lição dada pelos pais teria que ser praticada com exatidão. Hoje, a cada encontro, no passar dos dias, no decorrer da vida, penso que conseguimos, pois somos muito, muito unidos!
Minhas irmãs: Martha, Maria Inês, eu, Carmem minha mãe, Cristina e Ângela.
Com o meu irmão João Paulo
Minha mãe com meu irmão João Pedro
O almoço da minha grande família
Com minhas sobrinhas: Aline, Gabriela, Luisa e Carmem
Julia minha sobrinha fazendo pose para a foto
Pedro Américo e Carmem, meus pais com a Martina minha neta
Três gerações de mulheres da família leal: Minha mãe, eu, Juliana e Martina
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