segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Inaugurado meu comitê político

Sábado, quando voltava de Bagé, cansada do dia intenso que tive por lá, porém muito feliz pela maravilhosa recepção e acolhida que recebi do povo daquela terra, eu fechei os olhos para dormir, algo que sempre aproveito para fazer nas viagens longas. Mas desta vez não consegui pegar no sono porque as imagens do dia anterior povoaram a minha mente de tal forma, que revivi cada momento como se elas estivessem acontecendo e cheguei a conclusão que a  inauguração do meu comitê foi bem como eu queria. Tudo aconteceu do meu jeito: simples, alegre, amoroso e espontâneo. Amigos, familiares, lideranças políticas, apoiadores, ex-funcionários e pessoas vindas do interior estiveram presentes e isso me deixou muito contente.

O evento foi cuidadosamente preparado pela minha dedicada equipe de voluntários colaboradores que fazem a minha campanha e que também participou de todas as etapas para a concretização desse espaço. Para começar, a casa que aluguei para ser o comitê central encontrava-se abandonada há muitos anos. Moradores de rua tinham invadido o local e seu estado era assustador. Sabe aqueles filmes de fantasmas com teias de aranhas, poeira, janelas caídas e portas rangendo? Era daí para pior! Acho que por isso ninguém alugou essa casa, que acabou ficando a minha espera. Sim, eu acredito nisso. 

Quando eu fui ver a casa, eu me encantei de cara e meus olhos enxergavam como eu a deixaria. Lembro que pedi a chave para a imobiliária e falaram que não era preciso, pois as portas tinham sido derrubadas pelos mendigos que eram seus "inquilinos". Então, num sábado a tarde eu pedi ao Rodrigo, ao Evandro, Patrícia e Lise que fossem comigo no local. Entramos pisando em escombros e na sujeira por todos os lados, em meio a um cheiro pavoroso. Para minha surpresa, com tudo isso, eles também gostaram e era do que eu precisava. No outro, dia levei meu marido Alexandre, que olhou a frente da casa e gostou, mas ao entrar, virou para mim e disse: “Está horrível, não vale a pena. Nem pensar!” Não respondi, fiquei quieta, aliás, quando não sei o que decidir, decido não decidir nada, lição do pai de um querido amigo que passei a seguir na íntegra. 

Na tentativa de buscar uma opinião de alguém que me incentivasse a enfrentar aquele desafio, liguei para o meu irmão e disse que queria mostrar um lugar interessante para fazer o meu comitê. Nos encontramos na frente da casa e ele logo declarou simpatia pelas fachada e localização, mas, ao entrar mudou radicalmente e falou: "Não tem como...impossível...tu vais perder tempo e dinheiro aqui, não tem sentido...e é  melhor sairmos daqui que é perigoso!”  Resolvi dar um tempo para aquilo - outra coisa que faço sempre que me sinto confusa, ou como diz o meu sábio pai: “Quando a Mônica está quieta e distante é porque está planejando o que vai executar”. Sim ele tem razão, eu queria muito aquela casa e não adiantava ninguém tentar me convencer do contrário. 

Mesmo sabendo que teria que dar um duro danado, pois não tinha a menor possibilidade de investir grandes valores, encarei o desafio. Foram quinze dias de três turnos quando eu e uma equipe amigos nos transformamos em obreiros, carpinteiros e jardineiros. Até meu cunhado, que mora no litoral e tem o dom de saber fazer tudo em madeira e concreto, baixou na capital e dedicou-se inteiramente para realizar  meu sonho de fazer daquele castelo destruído a minha sede de trabalho. Enquanto trabalhávamos dia e noite, eu não comentei nada com a família e pedi aos envolvidos nesse projeto de transformação que fizessem o mesmo, pois o foco tinha que ser total para a nossa quase impossível missão. 

Porém, a missão foi cumprida e depois desse verdadeiro mutirão chegou o dia de abrir as portas do meu comitê. Os toldos brancos na calçada marcavam que aquele era o local de chegada. Nas paredes de fora da casa foram colocados dois grandes banners com a minha foto e o número da campanha, e uma luz forte iluminava esse cenário político. Enquanto as pessoas aguardavam o inicio da inauguração, um filme com imagens que mostravam o estado em que encontramos a casa foi passado. Em seguida, convidei meu pai, Celso Bernardi e Francisco Turra, para abrirem a fita que estava colocada no primeiro degrau da escada para que pudéssemos inaugurar oficialmente o comitê. Foi quando escutei muitas exclamações de surpresa das pessoas pela beleza do local. Era verdade, conseguimos deixar aquela casa com a nossa cara: alegre, prática e aconchegante. Acreditamos e demos vida nova àquela casa.

Já na sala principal, os pronunciamentos aconteceram dentro do tempo certo e de uma maneira muito descontraída, o que deixou todos que assistiam bem interessados. A Presidente das Mulheres Progressistas, Ana Regina, com muito conhecimento da causa, porque somos amigas de lutas a longa data, fez uma retrospectiva da minha caminhada na política. O Celso Bernardi, que tenho como fiel apoiador, incentivador e amigo, fez um pronunciamento que emocionou. Contou a todos como eu era no dia-a-dia da política, me definido como uma mulher rara. O Turra relembrou a nossa chapa majoritária em 2006 e disse que não conhecia ninguém mais alegre do que a candidata ao Senado Federal daquela campanha. O Presidente do PP de Porto Alegre falou do meu trabalho como vereadora e pude sentir saudades da Câmara Municipal, que foi onde comecei minha vida política. 

A Lise e o Rodrigo, representando as pessoas que já trabalharam comigo, fizeram um depoimento muito lindo, que foi quando eu silenciosamente deixei rolar as lágrimas que estavam cuidadosamente contidas desde o inicio das falas. A Carolina, em nome de todos eles, entregou-me uma lembrança que imediatamente ganhou um significado especial: uma caneta com meu nome gravado. Para finalizar, a Ana Amélia fez um belíssimo discurso registrando que eu tinha herdado do meu pai a lealdade, o compromisso e a seriedade. Quando todos tinham ido embora, eu a Ana Amélia, Celso, Antônio Augusto e o Alexandre, atravessamos a rua e fomos jantar no Barranco. Tomamos champanha, comemos um delicioso cordeiro e conversamos até a uma hora da manhã. É, não tenho como não relembrar, a todo momento, que foi uma festa completa, e que o esforço de todos, está valendo a pena. Adorei!
A escadaria da casa que é a entrada do comitê foi decorada com panos e luzes
 Uma panorâmica da fachada da casa no dia da inauguração do comitê
 Com o meu pai que estava feliz pela largada da minha campanha
Com meu pai e irmãos: João Pedro, Ângela e Maria Inês
Com a minha família
Com a minha doce Martina
Com Alexandre, Ana Regina, Rodrigo e os amigos Kiki e Romário que vieram de Alegrete 
Com a Lia de Montenegro
Com os proprietários da imobiliária Morano
 Com o Ex-Secretário da Saúde de POA, Dr Pedro Gus e sua esposa Matilde
Com meu amigo Lauro Ivan de Viamão, Lisi, o Vice Presidente da Aecepars Vitor Hugo Amaro e a jornalista Satira Machado
Com a família do Evandro que é coordenador da campanha em POA
Com os pais da Melissa e sogros do Fábio que vieram de Barra do Ribeiro
Com Antônio Augusto, Gilson Storck, Raquel Steigleder e Alexandre
Com os amigos Mauricio e Décio
 Com o coronel Miguel Junqueira e seu filho
Com a dupla responsável pela criação da arte da minha propaganda: Gilson e Raquel
Com a Solange e Glênio que são fiéis escudeiros do PP
Com Celi Raskin e Eneida Diamante que são importantes lideranças da comunidade judaica
Com Eduardo Brunelli e Kiki
Antônio Augusto, eu, Otto e Simone
Com o meu irmão e amigo João Pedro
Apresentação do filme
Abrindo a fita com  meu pai 
Inaugurando o Comitê 
Glacy Turra e eu 
Pronunciamento do Celso Bernardi que foi presidente do PP e hoje é Vice 
 A fala do Ex-Ministro da Agricultura Francisco Turra que foi candidato ao Governo do Estado em 2006
Fiquei surpresa e encantada com a fala do Presidente do PP de Porto Alegre, ele fez uma retrospectiva da minha atuação como vereadora da capital
Com Sônia Martins uma mulher guerreira
 Emoção e alegria na homenagem feita pelos meus ex-funcionários e sempre amigos que é uma tropa composta por 25 fiéis soldados
   Mostrando a lembrança que recebi deles: uma caneta com meu nome
 Dançando a música do jingle com meu pai
Com minhas duas grande amigas: Gabrielle e Maria Luisa
A tropa unida
Depois da fala da Ana Amélia nós nos abraçamos muito emocionadas
Ana Amélia e eu com meus pais
Com toda a minha equipe


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