Passei esse último fim de semana em Torres e quase virei sapo de tanto que choveu. Esse tempo é perfeito para ficar em casa, descansar, ler um livro, fazer um doce - aliás, sou boa nessa área da culinária, claro que seguindo receitas. Minha especialidade é uma torta de chocolate que a gurizada adora. Curtir a família com esse clima, foi o que eu fiz, pois a Juliana chegou com a Martina e me deliciei brincando com ela. Gosto muito da minha praia, mas confesso que estava com vontade de retornar a Porto Alegre.
Na capital tenho sempre o que fazer, até com temporal. Começando pelo escritório que montei na minha casa, onde tenho tudo o que preciso para trabalhar no meu livro - comecei a escrever há poucos dias - e em textos e artigos para os jornais e revistas que de vez em quando escrevo e também no meu blog, que procuro manter atualizado.Isso sem contar o leque de opções culturais que a cidade me oferece. Para quem gosta de cinema como eu, essa é a melhor época do ano para assistir filmes sem enfrentar grandes filas. A verdade é que esse vai e vem das estradas me cansa, não pelo dirigir, porque agora com a BR/101 ficou mais tranqüilo chegar em Torres, mas essa coisa de atender duas casas me dá uma sensação de continuo movimento, algo que no momento eu dispenso.
Cheguei em Torres na sexta-feira no início da tarde porque havia combinado com o encanador, o eletricista e o montador de um armário que comprei para o meu quarto, que estaria lá para recebê-los. Ah, ledo engano, pois ninguém apareceu!
É incrível como esse pessoal do litoral está com excesso de clientes e muito dinheiro. Sim, só me resta esse pensamento à medida em que a gente tem que implorar para um técnico nos atender, quando não fica em lista de espera. Faz um mês que comprei o tal armário e a novela é assim: a loja vende, um cidadão entrega, outro monta, mas esse que monta não desmonta o armário antigo que está no local que vai o armário novo... Quando me deparei com essa burocracia, resolvi entrar em ação com toda a minha paciência, que sei que é enorme. Falei com cada um dos envolvidos na grande empreitada que se tornou a compra de um simples armário. Juro que fiquei com vontade de escrever uma crônica porque as justificativas são as mais esdrúxulas possíveis, mas, depois me lembrei de uma frase do meu pai que é lapidar: "o segredo da felicidade consiste em não exigir das pessoas aquilo que a natureza delas não pode nos dar". Ao fim e ao cabo dessa confusão toda, consegui resolver, mas estou pensando em fazer um curso técnico básico de eletricista, encanador e montador de móveis.
Antes de pegar a estrada na sexta-feira, eu havia combinado com o jornalista Milton Cardoso de participar do programa de rádio " Band Repórter ". Então, cheguei às 22h em ponto na Casa da Band de Torres. O local é maravilhoso, um estúdio envidraçado numa esquina do calçadão, onde o movimento é intenso e há uma vista privilegiada para o mar da Praia Grande e para os morros da Prainha.
O programa foi espetacular! Também não era para menos com aquele time de primeiríssima qualidade e a pauta acontecendo naturalmente, o que gerou debates interessantes.Falamos sobre segurança, reforma política, Egito, governos, saúde na capital e educação. Os participantes: o médico e ex -vereador Cláudio Sebenelo, o advogado Celso Giuliani, o economista e administrador do BRDE, João Francisco Satamini. O sucesso foi tanto que os ouvintes mandavam torpedos e e-mails sem parar para o Milton, que tentava dar conta de ler todos no ar, mas algo que se tornou impossível.
Fiquei do início ao fim do programa, que foi até a 1h da manhã. Com isso, pude reforçar minha certeza de que o Milton comanda um programa que agrada o público que prefere escutar rádio em vez de assistir a televisão. Eu sou assim, mil vezes o rádio, que tem a informação instantânea.
O começo da minha semana foi muito produtivo. Entre alguns compromissos que compareci e todos em perfeita sintonia com a minha formação profissional, tive uma conversa muito interessante com o ex-deputado, ex-ministro, ex-presidente do PP e ex-candidato ao Governo do Estado, Francisco Turra. A amizade e a admiração que tenho pelo Turra foi passada de pai para filha. Pedro Américo Leal e Francisco Turra tem a mesma conduta política, são pessoas raras pelo seu caráter. O motivo que me levou a fazer parte da chapa majoritária do meu partido em 2006, foi porque o Turra era o candidato ao governo. Eu pedi voto para um cidadão de bem. Cada vez que falo com o Turra sinto uma imensa tristeza que o povo gaúcho tenha perdido a oportunidade de tê-lo como governador. Trocamos idéias e discutimos questões importantíssimas, e a cada encontro reforço que pensamos e atuamos da mesma maneira na vida pública.
Acompanhei até quase uma hora da manhã do dia 15, a votação dos vereadores da capital sobre o projeto do Instituto da Saúde Municipal da Família. Foi uma sessão longa e cansativa, mas, por fim, a situação venceu e o Prefeito Fortunati ficou satisfeito, pois enfrentou o sindicato com a cara e coragem que lhe é peculiar.
Em quatro meses o instituto estará registrado e até junho serão criadas 1.386 vagas através de concurso público para profissionais da área da saúde. Fiquei satisfeita em saber que a saúde das famílias portoalegrenses será priorizada através dessa estratégia do governo municipal. O controle do atendimento da saúde será estatal. Conforme o prefeito, o instituto trará uma economia de 300 mil por ano ao governo e desta forma poderão aumentar as equipes de atendimento.
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