Hoje vou contar uma história muito engraçada que aconteceu na minha família nos anos 80. Antes é importante dizer que a minha mãe é a pessoa mais calma e pacienciosa que conheço, mas quando fica braba, fica mesmo.
Meus pais moravam numa casa no alto da Boa Vista. O vaso do lavabo havia estragado numa sexta-feira e minha mãe tinha chamado um encanador cujo nome era Jair, só que ele não apareceu para desentupir o vaso, o que trouxe um transtorno para todos da casa. Na segunda-feira, toca o telefone e a minha mãe atende. Do outro lado a voz de um homem diz:“Bom dia é da casa do Pedro Américo?"
Minha mãe responde: “Sim, quem quer falar com ele?"
A voz masculina diz: "É o Jair."
A minha mãe diz: "Ah, seu Jair, é comigo que o senhor tem que falar!"
A voz masculina: "Como?”
A minha mãe: "Sim senhor, fui eu que lhe chamei?"
A voz masculina: "Não entendi!"
A minha mãe diz: "Quem não entendeu fui eu que fiquei lhe esperando toda a sexta-feira!”
A voz masculina diz:"Deve estar havendo algum engano."
A minha mãe diz: "Engano nenhum. Ora, o senhor disse que vinha arrumar o vaso na sexta-feira e não apareceu."
A voz masculina: "A senhora está me confundindo."
Minha mãe disse: "O senhor é que está me confundido com alguém que não tem nada para fazer."
O homem diz: "Minha senhora...”
A minha mãe diz: "Seu Jair, passamos o final de semana com o vaso do lavabo entupido e com cheiro ruim na entrada da casa."
Seu "Jair" diz: “Minha senhora eu compreendo a sua chateação com o vaso entupido e posso calcular o transtorno que isso lhe causou, mas eu queria dizer..."
Minha mãe: ”Se sabe o transtorno que foi, porque não apareceu para fazer o serviço?”
A voz masculina finaliza: "Porque eu não sou o Jair encanador e sim o Jair Soares, Governador do Estado."
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