Estive no Fórum da Liberdade, no Centro de Eventos da PUC em Porto Alegre. O tema central da edição foi “Liberdade na Era Digital”. Dos convidados de diferentes painéis que assisti, dois em especial prenderam muito minha atenção. Um foi Rodrigo Constantino (um dos fundadores do Instituto Milenium), que colocou em xeque o peso das redes sociais como ferramentas de mudança, questionando se teriam todo esse peso que atribuem a elas, como, por exemplo, mudar cenários em regimes ditatoriais do Oriente. Constantino falou que é uma crença ingênua acreditar que a internet leva à liberdade, mas reconheceu que a tecnologia é relevante quando inserida no contexto da sociedade. Comungo do pensamento dele. O outro palestrante que me encantou foi o economista, Raul Velloso. Velloso ressaltou que a internet deu mais transparência às ações de governos e instituições, ampliando o acesso às informações pelos cidadãos. Penso que ele está certíssimo! Olha, confesso que fiquei extasiada com o tema e com os palestrantes, pois na minha área, que é a comunicação, pela qual sou perdidamente apaixonada, a internet é uma ferramenta importantíssima.Tenho plena consciência do seu poder de inclusão, mas sei que tem bastante lixo na rede, o que faz circular muitas mentiras e agressões.Vejo tanta gente usar a internet como se fosse uma arma contra os outros, disparando tiros, ferindo pessoas na sua honra e destruindo trajetórias de vida. Fico pasma. São atitudes incompreensíveis e só pode ser desequilibrado aquele que se arvora ao ataque por detrás de uma máquina. É inacreditável que pessoas assim consigam dormir à noite. Só pode ter o lado da falta do lógico racional afinal, pois mostram que fazem sem pensar nas conseqüências. E quando um desvairado desses pega pela frente um ofendido que resolve responsabilizá-lo na justiça, ah, aí é um drama mexicano e o discurso do agressor é aquele da liberdade de expressão, liberdade de imprensa, mas claro que o mesmo esqueceu de uma parte importante: agir com responsabilidade. Existem muitas coisas erradas que são feitas em nome da " liberdade de expressão", a qual sou grande defensora, desde que com responsabilidade.
O Fórum da Liberdade desse ano me fez refletir muito, porque não há como não incorporar, ou pelo menos tentar, que nos dias atuais a liberdade de expressão é um dos grandes direitos democráticos das pessoas.
Quer dizer que é possível falar livremente o que bem se entender e isso é um direito? Intangível direito? Experimente, mesmo cheio de razão, xingar alguém na rua, frente a frente. E quando esse alguém revidar com um soco, fale então do seu legítimo direito à “liberdade de expressão” e tente que fique tudo bem como se não tivesse acontecido. Ora, pessoal, é claro que a “liberdade de expressão”, tem limites. A ninguém é dado o direito de ofender pessoas. Não se pode, em nome dessa liberdade, agredir, mentir e caluniar. E, sem choro nem vela, ultrapassado este limite, a consequência para as pessoas dadas a essa prática é, no mínimo, ser responsabilizadas por aquilo que foi dito, escrito e feito. Agora, mudando o foco do Fórum da Liberdade. Reparei que não teve nenhuma debatedora mulher! O que está acontecendo? Onde estão as mulheres que se expressam, opinam e fazem a diferença nessa era digital? Teve somente a jornalista cubana Yoani Sanches na mesa de abertura.
Algo para os organizadores pensarem para o próximo ano.
Quer dizer que é possível falar livremente o que bem se entender e isso é um direito? Intangível direito? Experimente, mesmo cheio de razão, xingar alguém na rua, frente a frente. E quando esse alguém revidar com um soco, fale então do seu legítimo direito à “liberdade de expressão” e tente que fique tudo bem como se não tivesse acontecido. Ora, pessoal, é claro que a “liberdade de expressão”, tem limites. A ninguém é dado o direito de ofender pessoas. Não se pode, em nome dessa liberdade, agredir, mentir e caluniar. E, sem choro nem vela, ultrapassado este limite, a consequência para as pessoas dadas a essa prática é, no mínimo, ser responsabilizadas por aquilo que foi dito, escrito e feito. Agora, mudando o foco do Fórum da Liberdade. Reparei que não teve nenhuma debatedora mulher! O que está acontecendo? Onde estão as mulheres que se expressam, opinam e fazem a diferença nessa era digital? Teve somente a jornalista cubana Yoani Sanches na mesa de abertura.
Algo para os organizadores pensarem para o próximo ano.
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