Quando menina, o meu filme preferido era “Sissi a Imperatriz ”. A história me encantava tanto, que assisti inúmeras vezes, nem sei quantas.
A atriz Romy Schneider, um dos rostos mais belos do cinema europeu, fazia o papel da imperatriz da Áustria-Hungria.
O filme transmitia a força de um amor puro e sincero.
A música suave era como poesia para os meus ouvidos.
A fotografia mostrava lugares lindíssimos que eu tinha vontade de conhecer.
E as roupas, então?
Minha nossa, eu adorava aqueles vestidos rodados com armação, cabelos presos no alto da cabeça com cachos caídos nos ombros.
Lembro bem de um vestido cinza de gola com renda preta usado pela personagem principal.
Era só assistir o filme que chegava em casa e pegava as roupas antigas da minha mãe - vestidos, luvas, chapéus com rendinhas e bolsas - e me transformava em Sissi, a Imperatiz.
Eu deveria ter uns onze anos quando vi esse filme.
A Romy Schneider foi o meu primeiro ícone real.
Depois, quando adolescente, fui encantada na belíssima Grace Kelly, que se tornou meu segundo ícone real.
Achava o máximo ela ter saído de casa aos 18 anos para ser modelo, que virou atriz, em filmes como “Janela Indiscreta” e, depois, princesa de Mônaco.
Isso significava o sonho dourado para uma adolescente como eu, criada numa rígida disciplina militar e religiosa.
A Grace Kelly era uma mulher sempre elegante, discreta, tinha um estilo clássico e usava roupas de linhas simples com cortes impecáveis, como os twin sets com colares de pérola e charmosas luvinhas brancas.
Naquela época, eu lia todas as matérias que saiam sobre ela e foi aí que passei a conhecer os estilistas Christian Dior, Yves St Laurent e Givenchy, que eram os seus favoritos.
Os anos passaram e certa vez quando fui a Roma, havia uma mostra da evolução do estilo Grace Kelly e claro, lá estava eu para conferir de perto aquilo que vi de muito longe, mas que sempre mexeu muito comigo e talvez tenha influenciado no meu gosto por roupas clássicas com bom corte.
Há pouco, conversando com minha mãe, ela lembrou como eu ficava encantada por aquelas pérolas que Grace Kelly usava. Talvez venha daí a explicação para minha preferência por este tipo de jóia. Adoro anel, brinco e colar de pérolas!
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