sábado, 22 de outubro de 2011

Argentina

Neste domingo, a presidente Cristina Kirschner, candidata a reeleição, deve se consolidar no poder por mais quatro anos. Ela que em 2007 passou de primeira-dama ao cargo mais importante do país, contrariou os manuais do marketing eleitoral e mudou radicalmente de postura, desde a morte do marido, Nestor Kirschner. Em vez de superexposição, ela buscou o isolamento. Faltou a diversos eventos públicos.Trocou as roupas coloridas por trajes sóbrios. Usou pouca maquiagem e esteve sempre muito séria.Seu sorriso bonito desapareceu. Também fez poucos discursos e com palavras brandas.
O interessante é que contrariando os entendidos em campanhas eleitorais, as mudanças foram positivas para o futuro político da presidente. Segundo todas as pesquisas,ela deverá vencer ainda no primeiro turno com mais de 50% dos votos.Cristina tem grandes chances de ter uma vitória avassaladora, eu me atrevo a dizer que será a maior desde o retorno da democracia ao país, em 1983, quando Raúl Alfonsín foi escolhido por 51,8% dos argentinos.
Mas o que explica esse favoritismo?
Penso que além das medidas populistas, como a volta do crescimento econômico argentino, hoje de 8% ao ano, a morte de seu marido fez com que grande parte da população se solidarizasse com ela.
O favoritismo de Cristina é tão grande que acabou mudando a pauta da oposição nos últimos dias que agora está preocupada com  um grupo conhecido como Ultra K fiel ao governo, que pretende apresentar proposta ao congresso para mudança na Constituição, possibilitando que ela tenha o terceiro mandato, caso se reeleja.

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