Se tem uma coisa que me incomoda é escutar besteiras, principalmente quando elas vem dos “ditos intelectuais cultos”.
E por que isso me incomoda?
Por um motivo muito simples: ninguém sabe tudo.
Quando desconhecemos algo, penso que devemos ter a responsabilidade de dizer. Até porque, lá na frente, o “sabe tudo” pode pagar um “mico” quando comprovado que a sua verdade anunciada como absoluta não confere.
Dia desses, um colega jornalista me ligou dizendo que escutou um escritor gaúcho dizer que os nossos últimos governos estaduais não investiram em livros e, inclusive, fez um saudável desafio no ar ao dizer, nesse tempo eu não conheço nenhum secretário da cultura que tenha adquirido livros, se alguém aí souber de um, por favor apresente o nome.
Então, aqui vai um nome.
Eu, Mônica Leal!
A gestão da Secretaria da Cultura, no Governo Yeda Crusius, de 2007 a 2010, através do Departamento de Coleção e Acervo, responsável pelo livro e a leitura, priorizou a restauração da Biblioteca Pública do Estado em seu prédio histórico, integrante do Patrimônio Cultural Brasileiro e Rio-Grandense (é tombado nas duas esferas : nacional e estadual). Para a restauração total, foi necessária a remoção e acondicionamento de todo o acervo bibliográfico.
A Biblioteca passou, então, a funcionar em espaços disponíveis na Casa de Cultura Mário Quintana. Sendo esses espaços exíguos, não foi possível a disponibilização plena do acervo. Muitos livros ficaram encaixotados para sua proteção, especialmente as obras raras. Diante deste fato, decidiu-se por não adquirir acervo permanente enquanto não se tivesse espaço para disponibilizá-los ao público.
A Biblioteca continua em obras, já quase finalizadas.
Livros de literatura infantil, juvenil e adulta foram adquiridos pela SEDAC para compor as “Bibliotecas Itinerantes”, projetadas para atendimento aos programas estruturantes do governo. Foram produzidos cerca de 35 "kits móveis", contendo cerca de 100 livros cada, que itineraram por comunidades carentes de 75 municípios gaúchos. Criou-se uma parceria com as administrações municipais onde suas secretarias parceiras dos projetos responsabilizavam-se na divulgação e controle.
Com isso, comprova-se que o Estado adquiriu sim exemplares de livros que, inclusive circularam de forma a beneficiar inúmeras pessoas que jamais tinham tido acesso a esse meio de conhecimento.
Não posso deixar de registrar também que foi em minha gestão como Secretária da Cultura, que obtivemos a cessão do prédio conhecido como “casa da cidadania”, localizada na rua General Câmara, a menos de cem metros da Biblioteca Pública, onde funcionará uma espécie de anexo da Biblioteca principal, justamente para poder aumentar o acervo e disponibilizá-lo com maior qualidade para o cidadão.
Não posso deixar de registrar também que foi em minha gestão como Secretária da Cultura, que obtivemos a cessão do prédio conhecido como “casa da cidadania”, localizada na rua General Câmara, a menos de cem metros da Biblioteca Pública, onde funcionará uma espécie de anexo da Biblioteca principal, justamente para poder aumentar o acervo e disponibilizá-lo com maior qualidade para o cidadão.
Esta foi realmente uma vitória da Secretaria da Cultura, pois outros órgãos da administração direta solicitaram o prédio, entretanto a Governadora foi sensível ao apelo da Cultura justamente por saber da importância de seu complexo bibliográfico.
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