Com a devida autorização do futuro jornalista que dia desses me entrevistou, veiculo no meu blog o assunto em questão.
Prezada Mônica Leal,
sou estudante de jornalismo da FAMECOS/PUCRS e estou realizando uma reportagem sobre a atual situação da TVE/RS. Durante a matéria, alguns diretores da emissora acusaram o antigo governo pelas condições em que a rede se encontra. Sendo assim, gostaria de saber se a senhora poderia me responder a perguntas sobre essas declarações.
Eu poderia enviar as questões por e-mail ou, se preferir, podemos conversar por telefone.
Acho imprescindível ouvir os dois lados da história. Dessa forma, a sua ajuda seria de grande importância para mim.
Desde já agradeço,
Atenciosamente,
Stéfano Santagada
Entrevista:
1) Atuais diretores da TVE acusam a administração Yeda Crusius como uma das responsáveis pela atual situação da emissora. Nas palavras de um deles, o antigo governo "por pouco, não fechou o caixão" da TVE. O que a senhora tem a dizer sobre isso? Concordas com a expressão "sucateamento da TVE"?
O Governo Yeda, iniciado em janeiro de 2007, já recebeu a TVE em condições precaríssimas: carência de funcionários , de equipamentos, de torres de transmissão; tão verdade que o orçamento foi bastante utilizado em "horas extras" dos funcionários, a fim de que houvesse cobertura quase que integral da programação. Também havia Cargos em Comissão para suprir as deficiências de pessoal. Ao final do Governo, em 2010, houve determinação judicial para exonerar estes ocupantes de cargos em comissão, por que estavam desenvolvendo atividades técnicas. Com essa demissão, aumentou mais ainda o déficit funcional.
A Secretaria da Cultura não detinha autonomia para decidir questões estratégicas da TVE pois a Governadora Yeda centralizava as decisões junto à Comunicação Social do Palácio. Sequer os Presidentes foram indicados por mim. Escolhas e decisões da Governadora. Outro problema é que o prédio que a TVE ocupa pertence ao INSS e desde 2007 tentou-se uma permuta do prédio, para que a TVE lá permanecesse definitivamente; aí sim seria possível investir em melhorias no prédio. Ocorre que o INSS não quis a continuidade das negociações e estabeleceu um prazo para desocupação. Hoje não tenho conhecimento da situação.
A Secretaria da Cultura não detinha autonomia para decidir questões estratégicas da TVE pois a Governadora Yeda centralizava as decisões junto à Comunicação Social do Palácio. Sequer os Presidentes foram indicados por mim. Escolhas e decisões da Governadora. Outro problema é que o prédio que a TVE ocupa pertence ao INSS e desde 2007 tentou-se uma permuta do prédio, para que a TVE lá permanecesse definitivamente; aí sim seria possível investir em melhorias no prédio. Ocorre que o INSS não quis a continuidade das negociações e estabeleceu um prazo para desocupação. Hoje não tenho conhecimento da situação.
2) O atual diretor de jornalismo afirma que o antigo governo deixou de investir R$ 2,5 milhões na TVE. Esses recursos, segundo ele, estavam previstos no orçamento do Estado. A senhora confirma esse dado? Se sim, porque esses recursos não foram aplicados?
Mesmo sendo vinculada à SEDAC, a execução orçamentária dependia de iniciativa e decisão da Presidência da TVE. Eu, na condição de Secretária, jamais impediria investimentos, muito pelo contrário.
3) Funcionários disseram que havia, inclusive, falta de alguns materiais básicos na emissora, como fitas para gravações e baterias para as câmeras. A senhora conhecia essa situação? O que foi feito, pela antiga gestão, para solucionar os problemas da estatal?
Como respondi antes, estas situações não eram levadas à Secretaria. A Presidência procurava a assessoria de Comunicação da Governadora.
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