A medida que me aproximo do Natal- a data por excelência de todos os presentes- começo a questionar o próprio conceito de dar.
Qual o objetivo que está na base dessa atitude?
Eu confesso que, por mais que tentem me convencer de que é um ato de consumo, uma bobagem, um gasto desnecessário, um cansaço, o que me vem na cabeça são as imagens do brilho nos olhos e do sorriso da pessoa a quem entrego o meu presente.
Ah! Essas lembranças derrubam todos os meus questionamentos e a emoção vence a razão.
Para mim, oferecer um presente é sempre um sinal de carinho. É como escutar o coração da pessoa que recebe batendo num compasso mais feliz.
Penso que o gesto de presentear é revestido de muitas coisas e começa pela vontade de dar algo a alguém que me é importante. Depois, vem a busca de encontrar o presente certo, o que requer pesquisa e tempo.
O conteúdo é decisivo, pois transporta consigo uma mensagem. Por exemplo: uma gravata bonita é para ser entendida como um detalhe para realçar a roupa de quem se veste de forma elegante. Um apetrecho esportivo é um incentivo a essa prática. Ou, por outro lado, eu posso interpretar o perfume certo que recebi de presente, como um sinal de que a pessoa conhece o aroma que sempre usei e me identifica.
E essas trocas não tem nada a ver com valores.
Algo simples como uma guloseima preferida também tem o seu efeito encantador, pois mostra o quanto sabemos da pessoa que estamos presenteando.
O significado de dar um presente é que é importante, não o seu preço ou o seu tamanho.
Os presentes conservam em si a imagem e o sentimento que o remetente tem do destinatário.
Me atrevo a dizer que são pequenas e importantes declarações, porque são pensados com o coração, criados com dedicação e dados com amor.
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