A senadora Ana Amélia (PP-RS) criticou o Partido dos Trabalhadores por tentar adiar a instalação da CPMI do Carlinhos Cachoeira. Segundo ela, a alegação do partido de que o presidente José Sarney (PMDB-AP) está ausente do Senado é apenas pretexto para abafar a CPMI.
— Tenho certeza que o Partido dos Trabalhadores vai encontrar outros motivos para adiar a CPMI. Não há como aceitar este comportamento. Das 27 assinaturas necessárias aqui no Senado, até ontem, 22 das coletadas eram de membros da base de apoio ao governo — disse.
Na avaliação da parlamentar, o engavetamento da CPI Mista pode desmoralizar o trabalho “exímio” que o Ministério Público e a Polícia Federal vêm realizando na apuração das denúncias relativas à operação Monte Carlo.
Devido à grande indignação e interesse que o assunto despertou na sociedade brasileira, Ana Amélia manifestou sua convicção de que a instalação da CPMI do Carlinhos Cachoeira não pode mais ser evitada. Segundo ela, a comissão têm um potencial para ser “arrasadora” e por isso precisa ser criada.
Em aparte os senadores, Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Pedro Taques (PDT-MT) manifestaram seu apoio ao pronunciamento de Ana Amélia.
Pedro Taques observou que o fato de o presidente José Sarney estar hospitalizado em São Paulo não pode ser justificativa para a não instalação da CPMI. Para ele, o princípio da continuidade do serviço público garante o andamento normal dos trabalhos no Senado.
— Ninguém é insubstituível na administração pública. E aqui, no Senado, nos estamos diante de uma administração pública — disse Pedro Taques.
Mensalão
Ana Amélia também falou sobre a expectativa de que o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, que assume na próxima quinta-feira (19), trabalhe para encerrar o julgamento do mensalão antes de 6 de julho, quando a campanha eleitoral começa oficialmente.
- A sociedade brasileira merece conhecer os culpados, tem esse direito. O eleitor brasileiro precisa de uma satisfação das lideranças políticas para ter certeza de que não irá jogar fora o voto nas próximas eleições – completou.
Aposentados
Ana Amélia lamentou ainda a decisão do governo federal, anunciada na semana passada, de não prever, no Orçamento da União de 2013, reajuste para os aposentados que recebem mais de um salário mínimo. Ela argumentou que a melhora na remuneração não só de trabalhadores na ativa, mas também para aposentados e pensionistas, é uma medida que cria condições para o crescimento econômico do país.
- O aposentado que começou recebendo o equivalente a cinco ou seis salários mínimos, hoje, decorridos três ou quatro anos, está recebendo apenas um salário. E, no ritmo imposto pelo Governo, essa perda de poder aquisitivo só vai aumentar, porque há uma defasagem gritante entre o reajuste dado ao salário mínimo, que é merecido, e o reajuste para quem ganha mais de um salário mínimo, como o aposentado do INSS – finalizou Ana Amélia.
Att,
Renan Arais Lopes
Jornalista
DRT 13.591
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