Depois de um primeiro episódio ocorrido em agosto, encontrei mais dois cavaletes da minha campanha a vereadora cortados e no mesmo local, um canteiro no finalzinho da Av. Goethe, próximo as quadras esportivas do Parcão. Novamente me vejo frente a um ato de vandalismo que me deixa indignada, pois sou do princípio que vivemos em sociedade e temos normas básicas de convívio e respeito de limites.
Goste ou não dos cavaletes, se eles cumprem ou não sua função, se poluem a cidade, se são bens "privados" em área pública, podemos questionar, mas, sua colocação correta e respeitosa nos lugares autorizados está dentro da lei eleitoral e as campanhas devem fazer uso de todos os recursos que lhe são permitidos.
É claro que não dá para aceitar cavaletes largados em cima das rampas para cadeirantes, ou impedindo a visão dos motoristas e o ir e vir dos cidadãos. Deve haver discernimento na hora da escolha dos locais.
No dia a dia da colocação dos meus cavaletes, bem cedo pela manhã, em que muitas vezes eu mesma faço, tenho o maior cuidado com a ordem de chegada, com a boa visibilidade do meu, mas também com a dos outros candidatos que também estão ali colocados. Eu até já juntei cavaletes alheios caídos! Só eu mesmo.
Pensando na dinâmica diária determinada aos tais cavaletes, já mandei confeccioná-los em um tamanho pequeno, fácil de manejar e que eu pudesse dominar sozinha, porque nesse sentido, faço, por opção, uma campanha enxuta, composta inicialmente de trinta unidades desse meio legal de divulgação política. Para mim e para a minha equipe colaboradora é um material de trabalho que cuidamos e preservamos, sem desperdícios.
Infelizmente, esses atos de vandalismo em tempos de campanha podem surgir, inclusive, entre concorrentes que não sabem que para participar da política é preciso ter espírito esportivo. Mas este ano é nas redes sociais que iniciativas desgostosas e de protesto se disseminam e estimulam os simpatizantes a chutar um cavalete político por dia e praticar outros atos do gênero - alguns alegando que o fazem somente com placas colocadas em locais indevidos. Seriam eles politicamente corretos? Representantes do Ministério Público asseguram que a prática configura em crime de impedimento de publicidade eleitoral.
Bem, e o que dizer de furto de cavaletes? Também fui vítima. Quatro cavaletes meus simplesmente sumiram e o interessante é que isso aconteceu em um mesmo bairro, onde os mesmos candidatos costumam marcar presença com sua propaganda.
Em vez de sair à rua com estiletes, canetas nos bolsos ou mal intencionados, porque não pesquisam sobre um candidato que fuja do perfil que eles não querem ver eleitos? Querem renovação? Existem muitos candidatos em primeiro pleito. Querem excluir os corruptos? Sim, é possível, basta investigar seu passado. Eliminem de suas preferências os carreiristas e votem em idealistas, então.
Basta ter o mínimo de informação, de educação e de interesse nesse processo de exercício da cidadania chamado eleição.
Primeiro ato de vandalismo sofrido - cortes feitos com estilete
Segundo - rasgões violentos
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