Acompanhei as notícias sobre o jornalista Joelmir Beting nesses últimos dias já com o coração apertado, ao saber que seu quadro de saúde era irreversível.
É interessante a gente sentir essas pessoas que estão na mídia da nossa vida há tanto tempo, próximas como amigos, como professores dos assuntos que nos servem, como conselheiros fiéis.
Joelmir foi um grande jornalista também por ser uma grande pessoa. Sua história é admirável, pois nasceu em família pobre no interior de São Paulo e começou a ajudar os pais muito cedo. Que benção que conseguiu oportunidades e trilhou seu caminho profissional com muita dedicação, competência, muitas horas de trabalho diárias e assim conseguiu subir os degraus da profissão.
Posso dizer que eu era sua fã, que ele era um dos meus ícones no jornalismo, um guru que me fazia parar o que estivesse fazendo para ouvi-lo. Adorava seu jeito objetivo e verdadeiro de informar.
Uma das coisas que mais me impressionou nele foi quando se aposentou da TV e do rádio e um ou dois anos depois quis voltar a atuar na comunicação, mas disse publicamente que só voltaria a trabalhar na Rede Bandeirantes.
Ele tinha um sentimento de lealdade e gratidão muito forte pela emissora, onde permaneceu até ser internado agora no final de outubro.
Era um cidadão espirituoso e autêntico. Seu mérito ao se dedicar ao jornalismo econômico foi o de popularizar o jornalismo de economia ao conseguir fazer chegar à população através de seus quadros o entendimento, a reflexão, a identificação dos problemas dessa área com que todos nós convivemos.
Como jornalista, perco um colega e um exemplo profissional e como cidadã deste país - e penso que o pensamento não é só meu, é coletivo, por isso escrevo no plural: perdemos um grande brasileiro.
Joelmir sempre presente nas iniciativas da Band |
Com a esposa Lucila, com quem era casado desde 1963 |
Ao lado do filho Mauro Beting, que segue a carreira e o exemplo do pai |
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