Assisti na televisão o depoimento de uma senhora de cabelos brancos, pele castigada pelo sol, jeito muito simples de falar, de sotaque característico do interior do nordeste, moradora de uma zona de seca permanente.
Ela mostrava ao repórter na sua propriedade, o poço onde havia encontrado um filete de água. Emocionada, contou que estivera prestes a abandonar a terra com sua família, já em processo de desagregação, em vista daquelas condições tão difíceis.
Aquele poço mudou sua vida, pois não tinha mais que caminhar quilômetros para conseguir um pouco de água para os seus e nem recorrer a proprietários de açudes particulares, que manipulavam o fornecimento.
Tendo água no seu terreno, mesmo que em pequena quantidade, ela poderia plantar e irrigar sua horta, reforçando a alimentação dos filhos e netos.
Essa é uma história de muitos brasileiros que faço questão de ressaltar sempre que tenho oportunidade, como exemplo que caracteriza muito bem o desempenho da nossa gente simples como primeira gestora dos recursos naturais e da sustentabilidade de seu entorno, sempre na busca de melhorias para sua família.
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