Pensando nesta semana, que imagino que seja super atarefada para todos e também lembrando a leitura que fiz neste domingo, quero recomendar o texto abaixo, muito lindo.
Numa sala de audiências do Vaticano, Karol Wojtyla recebe a visita de uma das mais altas autoridades religiosas do Judaísmo, Israel Meir Lau, o Grão Rabino do Estado de Israel.
A entrevista dá-se num ambiente muito cordial e o rabino dá origem ao seguinte relato:
A entrevista dá-se num ambiente muito cordial e o rabino dá origem ao seguinte relato:
Há muito tempo atrás, numa aldeia no norte da Europa, terminada a Segunda Guerra Mundial, uma mulher católica dirigiu-se ao pároco da sua aldeia para lhe fazer uma consulta.
Ela e seu marido tinham ao seu cuidado, desde o fim da guerra, um menino judeu, cuja mãe, uma amiga da família, pedira que ela encaminhasse o menino, caso ele sobrevivesse, para ter um futuro na Palestina, e esperava desesperadamente que ela fizesse isso pelo seu filho.
A mulher encontrava-se diante de um dilema e pedia ao sacerdote católico um conselho. Desejava tornar realidade o sonho de sua amiga judia, mas, ao mesmo tempo, ansiava mantê-lo consigo e batizá-lo.
O pároco deu-lhe uma resposta rápida e segura:
- O seu dever é respeitar a vontade dos pais do menino.
O menino judeu foi enviado, então, para o Mandato Palestina, que três anos depois tornou-se o recém-fundado Estado de Israel, onde ele se criou e foi educado dentro dos princípios do judaísmo.
O fato pareceu muito interessante a Karol Wojtyla, mas passou a ser realmente comovedor quando o Grande Rabino concluiu:
Sabe quem era esse pároco?
Não. Respondeu o Papa.
Era você.
Surpreso, Karol perguntou ao Grão Rabino:
E você sabe onde está este menino?
No que Lúlek respondeu:
Este menino sou eu.
O Rabino Israel Meir Lau desempenha um papel fundamental dentro da sociedade israelense, ao aproximar as diferentes correntes ortodoxas e aparar as arestas entre o Judaísmo Ultra-Ortodoxo e a Ortodoxia Sionista e suas correntes de pensamento.
Ele é uma das poucas, se não a única figura rabínica na história que conseguiu conquistar o respeito e a admiração em diversas camadas e setores da sociedade israelense.
Em maio de 2005, Lúlek recebeu o “Prêmio Israel” do governo, efetivamente por sua habilidade única de minimizar os conflitos ideológicos e promover o entendimento e o diálogo entre irmãos.
Com grande projeção internacional, o Rabino Meir Lau obteve reconhecimento internacional. Tendo atuado também em negociações de paz com outros povos, encontrou-se com lideranças religiosas, e é reverenciado por judeus e não-judeus no mundo inteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.