Sou movida por convicções, causas e pessoas, o que incentiva minha vida pessoal, profissional e pública. Faço política da mesma forma como eu vivo o meu cotidiano como mãe, como filha, mulher, cidadã, jamais indiferente à difícil realidade vivida pela população tão carente de tantas coisas.
Resgato um tema pertinente que me envolveu nesse sentido.
A dimensão da tragédia da Boate Kiss em Santa Maria nos mostrou o quanto a cultura brasileira do “tudo pode”, de não fiscalizar, de não cumprir leis e prazos de validade, tem que ser revista.
Lembro muito bem daquela manhã de domingo, dia 27 de janeiro, quando fiquei sabendo do ocorrido.
O meu sentimento foi de extrema tristeza e consternação, mas também de revolta, quando foi mostrado pela imprensa que a causa da barbárie foi a queima de um artefato pirotécnico dentro da boate, que não oferecia as menores condições de segurança.
Como mãe, me dei conta que nunca pensei que meus filhos pudessem estar correndo risco de vida indo a uma casa noturna. Sempre pensei na violência das ruas e no perigo das estradas.
Chocada, como todos ficaram frente à tragédia, refleti que medidas de segurança são mais que urgentes quando a vida da população está em jogo.
Em 28 de janeiro, um dia após, protocolei projeto de lei pela proibição do uso de fogos de artifício de qualquer espécie em espaços fechados no município de Porto Alegre e apresentá-lo foi a forma de contribuir para que fatos como o da Kiss não mais ocorram.
Faço questão de registrar que ele foi estudado juridicamente e recebeu parecer favorável da Procuradoria e da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Hoje, então, é chegado o dia da votação desse meu projeto.
Independente do resultado, fico convicta da importância do tema para a sociedade e plena de que fiz a minha parte nessa questão, através da responsabilidade que tenho em trabalhar pela segurança, melhoria e crescimento saudável da minha Porto Alegre.