Nesta tarde de quarta-feira na Câmara de Porto Alegre, tivemos, vereadores e funcionários, o direito de ir e vir cerceado por um bando de manifestantes de movimentos organizados, que ocuparam e invadiram o plenário, acabando com a sessão ordinária.
Fiquei na Câmara junto aos demais vereadores o tempo que foi preciso para debatermos a questão e definirmos ações e soluções para o problema instalado – alegam que não sairão do plenário enquanto não tiverem reivindicações atendidas, que giram em torno do passe livre nos ônibus, principalmente.
Cumprindo e auxiliando no que estava ao meu alcance, por volta das 20h, necessitei sair, pois tive um familiar que se operou e estava tendo alta do hospital e indo para minha casa, ficar sobre os meus cuidados.
Era um caso de família, de saúde e de urgência.
Os portões foram obstruídos por pessoas sentadas no chão e, para se ter uma ideia, tive que solicitar apoio do Chefe da Polícia Civil do Estado, Ranolfo Vieira Jr, para sair em segurança.
Nunca vivi algo tão tenso na Câmara e espero que o ocorrido se resolva da forma correta, sem violência e com um pouco de respeito dessas pessoas que fazem o que querem em nome da liberdade individual e da busca por direitos, mas o fazem com autoritarismo e arbitrariedade sobre a liberdade dos outros, algo que não dá para entender.
Quero registrar o meu repúdio ao que ocorreu a dois repórteres da RBS, um de rádio e uma de televisão, acompanhada de seu cinegrafista, que foram hostilizados e expulsos do plenário do legislativo porto-alegrense, impedidos de exercer o jornalismo, do que fui testemunha.
Eu, como jornalista não aceito essas tentativas de impedir o livre exercício do trabalho, eu disse, trabalho, de quem quer que seja.
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