Na internet, onde habitam as poderosas redes sociais, cada cidadão exerce seu próprio poder de inclusão a cada acesso, a cada postagem e manifestação.
Há quem as utilize como se fossem armas, virtualmente ferindo pessoas e destruindo trajetórias de vida.
Ultimamente, temos assistido a coisas incríveis nesses meios feitas em nome da "liberdade de expressão", da qual sou grande defensora, desde que esteja acompanhada de responsabilidade. A consequência para quem é dado a agredir, caluniar e até mentir, deve ser a responsabilização por aquilo que escreve e compartilha.
Fiquei surpresa e chocada com a generalização de postagens com fotos estampadas dos vereadores que, na sessão extraordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre ocorrida em 1° de julho, votaram de acordo com seu Regimento Interno, com a Lei Orgânica do Município e com a Lei Complementar 611, em emendas de conteúdo meritório, mas incompatíveis para atenderem ao espírito da lei normativa.
Lembrando, o que estava em pauta era uma alteração na lei complementar nº 7, que se refere ao Código Tributário Municipal, por isso, votaríamos na desoneração do ISSQN a fim de baixar o valor da passagem de ônibus da capital.
Quatorze das quinze emendas apresentadas tratavam de assuntos que não poderiam ser incluídos no Código, pois não possuíam a mesma natureza. Ora, numa lei tributária só podem ser inseridas alterações tributárias!
Algumas das emedas acabaram por ser apontadas para se transformarem em projetos separados, como foi o caso da Emenda nº 05, que institui a obrigatoriedade da publicação no Portal Transparência, da planilha de custos relativa ao cálculo do valor da passagem de ônibus e lotações na capital.
Quanto a isso, o prefeito Fortunati, ao assinar a lei que reduziu a tarifa, cumprindo imediatamente o resultado da referida votação, fez o anúncio da publicação, acessível a todos pela internet.
Esse esclarecimento ainda se faz urgente frente a tantos ataques infundados nas redes e até em colunas de jornal, frente ao pensamento e motivação dos manifestantes que invadiram a Câmara Municipal de Porto Alegre e, gravíssimo, ao discurso ferrenho de alguns colegas vereadores, aos parlamentares que naquela sessão objetivaram exclusivamente o benefício da população.
Penso que, quando desconhecemos algo, devemos ter a responsabilidade de admitir e procurar saber, antes de compartilhar verdades enganosas como se fossem verdades absolutas.
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