O meu domingo foi em casa, organizando minhas coisas. Aliás, eu gosto demais de ficar no meu canto comigo mesma.
Acordei cedo como de costume e tomei o café da manhã na cozinha, que tem uma mesa antiga, grande, onde posso espalhar todos os jornais do dia, recortando matérias que me interessam - esse é um hábito que adquiri quando cursei a faculdade de comunicação.
Acompanhada do meu inseparável radinho de pilha, eu vi o amanhecer cinzento e frio nascer. Por sinal, esse clima instável de inverno colaborou com meu rendimento hoje. Penso que São Pedro olhou para baixo e viu aqui uma política precisando de ajuda!
É que ando com acúmulo de trabalho e a única forma de dar conta de tudo com qualidade é organizar muito bem a semana, que sempre chega com agenda cheia e por vezes tumultuada, sem contar que não tenho conseguido fazer isso no meu gabinete, porque é tanta coisa para atender que são raros os meus momentos sozinha.
Usei o meu domingo para trabalhar em uma casa silenciosa. Só estávamos eu e meu marido. Meu filho Felipe foi para Gramado.
Em razão disso, hoje eu não caminhei como de costume e também não fui tomar cafezinho com a Juliana como sempre faço quando chego a pé no bairro dela, pois realmente precisava colocar demandas em dia e também me preparar para o programa de rádio que tenho à noite.
O jornalista Milton Cardoso, que comanda o Band Repórter na rádio Band AM, ligou na sexta-feira à tarde me convidando para participar. Na minha visão de jornalista, esse é o melhor programa de rádio aos domingos de noite. É impressionante a audiência do Milton.
Não é de agora que defendo a tese de que o rádio é o mais completo veículo de comunicação. Ele tem um poder de alcance extraordinário, consegue atingir todas as classes sociais. A sua fácil mobilidade é o fator determinante, visto que a pessoa pode escutar as informações em qualquer lugar e em diferentes situações, ou seja, não é preciso parar de fazer alguma tarefa, já o mesmo não acontece com a televisão que requer olhos nas imagens.
Voltando ao meu relato desse domingo: depois de ter trabalhado boas horas no silêncio do meu escritório e resolvido uma série de coisas pendentes, decidido outras, criado textos, respondido e-mails e convites e conversado por telefone com duas lideranças políticas sobre a inusitada invasão da Câmara Municipal de POA, olho pela janela e constato que o sol chegou na hora certa me convidando a dar uma volta e respirar o ar da rua.
Não pensei duas vezes. Troquei o robe e as pantufas por malha e tênis e saí.
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