segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Surpresa e tristeza


Na tarde desta segunda-feira, logo no início da sessão plenária da Câmara Municipal de Porto Alegre, usei a tribuna parabenizando o PDT pela realização da sua convenção no sábado, quando anunciou que terão chapa própria para o governo do Estado com o nome de Vieira da Cunha como pré-candidato.
Ao mesmo tempo, registrei a minha surpresa e meu sentimento de tristeza pelas manifestações de duas pessoas que conheço de longa data, amigos, colegas de caminhada tanto na política quanto no jornalismo e que sempre quis muito bem: os pré-candidatos da chapa majoritária, Vieira da Cunha e Lasier Martins, que atacaram o meu partido e confesso que ainda não consegui entender, quanto menos, administrar.
O Partido Progressista é base de sustentação do governo municipal de Porto Alegre, cujo prefeito é do PDT. Está presente na administração municipal, no comando de secretarias e compondo seus quadros. O ex-vereador João Antônio Dib, PP, foi o líder do governo durante os dois anos e nove meses na Câmara.
Nas eleições municipais, o PDT/RS fez tudo que estava ao seu alcance para  a coligação das nossas siglas e a bancada progressista tem se mostrado leal ao projeto do governo porto-alegrense.
Ora, não dá para ter dois pesos e duas medidas.
É no mínimo uma incoerência.
Sempre tive presente e como exemplo, a forma respeitosa de fazer política do meu pai Pedro Américo Leal, em um tempo de debates e embates construtivos, feito por causas, pelo bem do Rio Grande do Sul, muito acima de diferentes ideologias e divergências partidárias.



Vieira da Cunha declarou, referindo-se à senadora Ana Amélia Lemos, provável candidata do PP ao governo do Estado:
...2014 vai ser um ano especial, pois serão completados 50 anos do golpe militar que tirou o presidente trabalhista João Goulart, o Jango, do poder.  "Enquanto a nossa adversária vai se esconder embaixo da mesa envergonhada, porque ela é do PP, que veio da Arena, que sustentou a ditadura, nós vamos reafirmar os ideais trabalhistas”.

Lasier Martins alfinetou a ex colega de RBS e o partido da senadora:
“Precisamos trabalhar muito a partir de agora, porque os adversários são respeitáveis, mas como disse o Vieira, o partido que está ponteando as pesquisas [o PP, de Ana Amélia], é um partido identificado com a Arena, o partido que apoiou a ditadura militar, que prendeu, torturou, matou os trabalhistas”.
Fonte: Sul21
09/12/13

Na tribuna da Câmara











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