sábado, 19 de abril de 2014

Ainda o descaso com o IGP


O Jornal Zero Hora, mais uma vez, dá destaque ao sucateamento do Instituto Geral de Perícias do Estado, o IGP, órgão da secretaria Estadual de Segurança Pública.
O desenrolar dessa situação que compromete diretamente a elucidação dos crimes praticados no Rio Grande do Sul, começou a se evidenciar há mais de um ano.
Após denúncia que recebi em meu gabinete na Câmara Municipal de Porto Alegre, em fevereiro de 2013, sobre as péssimas condições de trabalho dos peritos e técnicos, devido à precária estrutura da sede do Departamento de Criminalística do IGP, levei a pauta para a Comissão Permanente que trata dos Direitos Humanos e da Segurança Urbana da Câmara, e, a partir disso, vistoriamos o prédio. Insalubridade, problemas estruturais, risco de incêndio, ausência de saída de emergência, são alguns dos pontos apresentados pelo dossiê feito pela Cedecondh, do qual fui relatora, e que foi entregue no dia 16 de abril de 2013 ao Ministério Público Estadual e do Trabalho.
Como decorrência desse processo, em 20 de setembro, a Secretária Municipal de Urbanismo (SMURB) informou a interdição do prédio do Departamento de Criminalística, mas, por deliberação superior, o prédio continuou aberto. O IGP solicitou trinta dias para se regularizar. No dia 31 de outubro, vencido o prazo solicitado, o diretor do departamento começou a transferir os peritos para outros prédios sem critério algum, pulverizando a instituição e ocasionando revolta dos funcionários. 
A matéria em questão mostra a situação atual do problema, o acúmulo de perícias atrasadas, o que foi feito nesse tempo transcorrido e que medidas urgentes tem de ser tomadas para a retomada dos trabalhos do IGP, medidas que atendam a luta travada pelos peritos gaúchos por condições dignas de trabalho, à altura da importância da sua minuciosa e particular atividade, que compõe de forma decisiva a rede da nossa segurança pública.


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