Estarrecida com a notícia do desperdício de 60 toneladas de medicamentos comprados pelo Governo do Estado ao longo dos anos, acumulados sem distribuição no almoxarifado da Secretaria Estadual da Saúde e acabando em aterros, só consigo pensar que este é um exemplo de descontrole grave da gestão pública e da total ausência de noção de responsabilidade do setor quanto a sua missão de fornecer remédios com a finalidade de atender a população carente e de salvar vidas.
A secretaria Estadual da Saúde, SES, responsabiliza o Ministério da Saúde por receber medicações com prazos de validade curtos. O Ministério diz que manda a quantidade de remédios solicitada pela SES.
Não dá para entender como tantas administrações na SES viram o monstro se criar e não mudaram a forma de trabalho, adequando melhor as etapas do processo de compra dos medicamentos conforme a real necessidade de quantidade e capacidade do estoque, acompanhando e analisando constantemente esse estoque e repassando os produtos com regularidade e eficiência para os postos de saúde e prefeituras do estado.
O Tribunal de Contas do Estado apontou em auditorias que a gestão deficiente é a causa do desperdício.
Em valores, nos últimos três anos, são mais de 13 milhões de reais em medicamentos descartados, ou seja, postos no lixo.
Isso é algo revoltante e inadmissível, que afeta diretamente a qualidade de vida, a capacidade para o trabalho, a dignidade e o acesso a tratamentos de saúde, direito de qualquer cidadão.
Para quem não teve oportunidade de ler, anexo o LINK da matéria do Jornal Zero Hora de hoje, que denuncia o caso:
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