Recomendo a leitura dessa postagem da jornalista Rosane de Oliveira, em seu blog de Zero Hora on line. Ela fala de casos saídos das esferas políticas, governamentais e institucionais, quando as redes sociais são utilizadas de forma equivocada, provocando polêmicas, exigindo pedidos oficiais de desculpas, acarretando até em demissões dos provocadores do estrago.
Muito interessante o conteúdo para qualquer pessoa que use as ferramentas da internet. Todos podem se expressar e criticar, mas que saibam que deve haver responsabilidade nessas ações, que são compartilhadas, que são recebidas por um grande número de pessoas. Uma inverdade propagada pode virar uma verdade instantaneamente.
A palavra escrita tem um grande poder, temos que usá-la com muito cuidado e consciência, principalmente quando envolvem o outro.
Rosane foi muito feliz no título do seu texto: "Conte até 10 antes de postar". Depois, não adianta corrigir.
Rosane foi muito feliz no título do seu texto: "Conte até 10 antes de postar". Depois, não adianta corrigir.
Quem trabalha com marketing e com redes sociais deveria ser o primeiro a saber que não existe essa de postar uma bobagem no Facebook e depois se justificar dizendo que o fez em seu perfil pessoal e que isso não é da conta de ninguém. Esse erro custou o emprego ao jornalista Marcos Bahé, até então responsável por coordenar as redes sociais da pré-campanha de Eduardo Campos (PSB) à Presidência. Bahé pediu afastamento da função após publicar uma mensagem no Facebook, relacionando o tucano Aécio Neves ao uso de drogas.
“Vai ter coca, Aécio Neves”, dizia o texto, apagado em seguida.
“Um post que deveria ter sido publicado num grupo privado, de amigos, aparentemente acabou vazando aqui. #vacilo #destavezfuieu #sorry”, publicou Bahé, assumindo a culpa.
Mais tarde, depois da repercussão negativa da publicação, o jornalista disse que havia se afastado do cargo “há vários dias”, para se dedicar ao mestrado.¶
“Está havendo uma repercussão equivocada sobre um post privado meu no Facebook que, erroneamente, está sendo atribuído ao “coordenador de mídias sociais da campanha de Eduardo Campos”. Para quem não sabe ainda, informo que pedi afastamento da equipe da campanha de Eduardo há vários dias. Afastei-me por estar em fase final da conclusão de minha dissertação de mestrado. Toda e qualquer publicação em minhas redes sociais são (isso me parece óbvio) minhas. Abs.”, escreveu. ¶
No entanto, segundo a assessoria de imprensa de Campos, Bahé só pediu afastamento no domingo, depois que o caso veio à tona. Em entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, na semana passada, Aécio disse nunca ter usado cocaína.
Embora a insinuação contra Aécio circule nas redes sociais há vários dias, o compartilhamento da mensagem pelo encarregado das redes sociais de sua campanha pegou mal para Eduardo Campos. Bahé não era um militante fazendo o jogo rasteiro das redes sociais: era o próprio coordenador dessa área vital da campanha.
A polêmica envolvendo o assessor de Campos se assemelha à do funcionário do Gabinete Digital do Palácio Piratini, que postou no perfil oficial no Twitter um texto com link para a montagem com o candidato do PDT ao Senado, Lasier Martins, levando um choque ao tocar na máscara do concorrente Olívio Dutra. O texto dizia: “E não é q teve gente que levou um cagaço com o anúncio da candidatura do companheiro Olívio?”. Em seguida, o post foi tirado do ar, com um pedido de desculpas a explicação de que fora um “erro de login”. O governo reprovou a atitude do funcionário.
Uma postagem desastrada no Facebook também enxovalhou a imagem do professor Ricardo Sondermann, da ESPM-Sul e desencadeou uma onda de indignação entre os alunos. Sondermann compartilhou em seu perfil uma mensagem de conteúdo machista, escatológico, desrespeitoso às mulheres e com um parágrafo que flertava com a pedofilia. Em sua defesa perante a direção da ESPM, o professor alegou ter compartilhado o texto sem ler a íntegra (embora o primeiro parágrafo já não deixasse dúvida do que se tratava). Apagou a postagem, classificou o episódio como “um acidente digital”, disse que discordava do conteúdo e pediu desculpas três vezes, mas boa parte dos alunos, que pagam mensalidade superior a R$ 2 mil, ainda se pergunta como é possível um professor universitário, homem de marketing, postar uma asneira daquelas sem ler e sem pensar nas consequências.
Vale para o assessor de Eduardo Campos, vale para o professor Sondermann, vale para o funcionário do Gabinete Digital, vale para qualquer mortal: conte até 10 antes de compartilhar um texto que não seja seu, pense 10 vezes antes de postar qualquer coisa no seu perfil pessoal. No mundo conectado, não há mais como separar o perfil pessoal da sua vida pública. Um erro na rede ganha o mundo em questão de segundos. Você pode apagar, mas alguém já terá feito um print screen.
“Vai ter coca, Aécio Neves”, dizia o texto, apagado em seguida.
“Um post que deveria ter sido publicado num grupo privado, de amigos, aparentemente acabou vazando aqui. #vacilo #destavezfuieu #sorry”, publicou Bahé, assumindo a culpa.
Mais tarde, depois da repercussão negativa da publicação, o jornalista disse que havia se afastado do cargo “há vários dias”, para se dedicar ao mestrado.¶
“Está havendo uma repercussão equivocada sobre um post privado meu no Facebook que, erroneamente, está sendo atribuído ao “coordenador de mídias sociais da campanha de Eduardo Campos”. Para quem não sabe ainda, informo que pedi afastamento da equipe da campanha de Eduardo há vários dias. Afastei-me por estar em fase final da conclusão de minha dissertação de mestrado. Toda e qualquer publicação em minhas redes sociais são (isso me parece óbvio) minhas. Abs.”, escreveu. ¶
No entanto, segundo a assessoria de imprensa de Campos, Bahé só pediu afastamento no domingo, depois que o caso veio à tona. Em entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, na semana passada, Aécio disse nunca ter usado cocaína.
Embora a insinuação contra Aécio circule nas redes sociais há vários dias, o compartilhamento da mensagem pelo encarregado das redes sociais de sua campanha pegou mal para Eduardo Campos. Bahé não era um militante fazendo o jogo rasteiro das redes sociais: era o próprio coordenador dessa área vital da campanha.
A polêmica envolvendo o assessor de Campos se assemelha à do funcionário do Gabinete Digital do Palácio Piratini, que postou no perfil oficial no Twitter um texto com link para a montagem com o candidato do PDT ao Senado, Lasier Martins, levando um choque ao tocar na máscara do concorrente Olívio Dutra. O texto dizia: “E não é q teve gente que levou um cagaço com o anúncio da candidatura do companheiro Olívio?”. Em seguida, o post foi tirado do ar, com um pedido de desculpas a explicação de que fora um “erro de login”. O governo reprovou a atitude do funcionário.
Uma postagem desastrada no Facebook também enxovalhou a imagem do professor Ricardo Sondermann, da ESPM-Sul e desencadeou uma onda de indignação entre os alunos. Sondermann compartilhou em seu perfil uma mensagem de conteúdo machista, escatológico, desrespeitoso às mulheres e com um parágrafo que flertava com a pedofilia. Em sua defesa perante a direção da ESPM, o professor alegou ter compartilhado o texto sem ler a íntegra (embora o primeiro parágrafo já não deixasse dúvida do que se tratava). Apagou a postagem, classificou o episódio como “um acidente digital”, disse que discordava do conteúdo e pediu desculpas três vezes, mas boa parte dos alunos, que pagam mensalidade superior a R$ 2 mil, ainda se pergunta como é possível um professor universitário, homem de marketing, postar uma asneira daquelas sem ler e sem pensar nas consequências.
Vale para o assessor de Eduardo Campos, vale para o professor Sondermann, vale para o funcionário do Gabinete Digital, vale para qualquer mortal: conte até 10 antes de compartilhar um texto que não seja seu, pense 10 vezes antes de postar qualquer coisa no seu perfil pessoal. No mundo conectado, não há mais como separar o perfil pessoal da sua vida pública. Um erro na rede ganha o mundo em questão de segundos. Você pode apagar, mas alguém já terá feito um print screen.
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