Para mim, tudo começa em Torres. Nenhum lugar no mundo me traz tantos benefícios imediatos como essa praia. Minha saída anual de início de janeiro é algo que eu aguardo como criança e me lembro o ano todo. Chego cansada, vinda da capital, de um trânsito enlouquecedor, de uma rotina de muito trabalho e dias quentes. Estaciono o carro na garagem e não o pego mais. Fico no meu apartamento, que é a poucas quadras do mar e da casa dos meus pais, uma rua atrás. Aqui ando a pé ou de bicicleta. É a minha chance de ter contato com a natureza. Faço um ritual todos os dias de manhã, muito cedo, quando caminho no calçadão: inicio essa caminhada na ponte que divide Torres de Santa Catarina e vou até a Prainha. No final, entro na praia pelas dunas de areias ondulantes e salpicadas de capim. Tiro os tênis e caminho pela beira do mar. Gosto de olhar de perto as ondas que agitam as conchas, caranguejos, algas e peixes. Essa é uma hora que tem poucas pessoas na praia e o silêncio é encantador.
Como eu aprecio esse silêncio!
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