Hoje,
em função de estar em Torres, meu canto preferido no mundo, meu único
compromisso foi comigo mesma. Acordei bem cedo e saí de casa para caminhar com
o dia amanhecendo. Havia uma brisa fria que me fez buscar aconchego num
agasalho. As ruas estavam desertas e num silêncio absoluto que me encantou.
Escutei a melodia dos passarinhos e senti o perfume das flores.
Esse
cenário me fez pensar em tantas coisas vividas esse ano. Penso na intensidade
do que vivi e chego a conclusão de que fiz o que pude, e o melhor que pude,
para tudo dar certo. Mas a vida é uma caixinha de surpresas e na
esteira do viver estão as atitudes, o dar e receber, a lei do retorno.
E
me detenho nisso, no poder do retorno, que por vezes pode não ser justo ou na
proporção que esperávamos. O resultado pode ser destruidor por uma razão muito
simples: as atitudes e as trocas entre as pessoas refletem admiração,
consideração e cuidado.
O
mais extraordinário nessa questão é que todos nós vivenciamos esse caminho
natural de tomar atitudes, de decidir a medida e o tempo certo do retorno ao
que nos foi apresentado, lembrando assim, o grau da importância do que
recebemos e da pessoa de quem recebemos. Sempre acho que, ao
considerarmos isso, estamos nos comprometendo em atingir o melhor
resultado que buscamos internamente para a nossa vida e para as nossas
relações.