Fiquei muito impressionada e me gerou uma grande tristeza saber de tantas manifestações de fúria e raiva geradas pelo fato da internação e posterior falecimento da ex-primeira dama do país, Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula.
Mas, onde estamos? Que país é este? Que brasileiros são esses que não respeitam a morte de uma pessoa? Não importa quem seja, respeito é respeito.
Mas, onde estamos? Que país é este? Que brasileiros são esses que não respeitam a morte de uma pessoa? Não importa quem seja, respeito é respeito.
Diferenças ideológicas e partidárias não podem se sobrepor ao momento do luto.
Também não podem ferir a ética médica, como vimos no caso de uma profissional do Hospital Sírio Libanês que enviou a um grupo de whatsapp de médicos que considerava restrito e confiável, detalhes sobre a condição de saúde da paciente, o que gerou a disseminação da mensagem para outros grupos e um desfile de comentários irônicos e maldosos.
Onde fica neste caso o juramento médico que se compromete a preservar todos os aspectos do doente: físico, emocional e moral?
Crise moral, esse é o mal do qual padece o Brasil dos últimos tempos, onde a falência das instituições, os discursos de ódio e as rivalidades políticas exacerbadas, travam uma luta livre no estilo vale-tudo.
Na esteira disso, assistimos ao velório da senhora Marisa Letícia ser palanque para um discurso de 40 minutos de Lula, aonde, mais do que o viúvo, quem se pronunciou ali era o político, que até a operação Lava-Jato citou.
Não tive como não me remeter para o velório do meu pai, que faleceu em agosto do ano passado, e que, mesmo tendo ocorrido no Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Estado, determinamos, em família, que não seria um local adequado para falas políticas, por mais que velhos amigos quisessem relembrar sua trajetória, pois aquele era o momento do nosso mais profundo luto e deveria ser respeitado.
Não tive como não me remeter para o velório do meu pai, que faleceu em agosto do ano passado, e que, mesmo tendo ocorrido no Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Estado, determinamos, em família, que não seria um local adequado para falas políticas, por mais que velhos amigos quisessem relembrar sua trajetória, pois aquele era o momento do nosso mais profundo luto e deveria ser respeitado.
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