segunda-feira, 13 de março de 2017

Filho, no mar, sozinho, jamais

Neste final de semana fiquei muito triste e comovida com a perda de um amigo dos meus filhos e sobrinhos, o Lucas Zuch, que morreu em decorrência de um afogamento enquanto surfava nas águas da Barra da Tijuca, no Rio.
Que Deus dê forças à família do Zuch. A comunidade do surf gaúcho está de luto. Como mãe de surfistas, compartilho o texto que meu irmão, João Pedro Leal, tocado pelo fato, escreveu de forma inspirada e verdadeira, registrando sua preocupação e atenção como veterano do esporte e pai de surfistas.


 AOS PAIS DE SURFISTAS,

Lamentavelmente, esse final de semana se encerra com uma trágica morte, de jovem surfista, amigo dos nossos filhos, que, em praia carioca, adentrou no mar, com vida, sozinho, para ser retirado das àguas de Netuno, em sobrevida física.

A luta desse jovem guerreiro surfista durou vários dias, até que a Eternidade resolveu capturá-lo para mares mais sagrados.

Mas, já que é impossível resgatar essa dourada vida do jovem surfista, cabe, a nós, pais, surfistas veteranos, e, não surfistas, monitorarmos, cada vez mais, a entrada do jovem surfista nas àguas marinhas para praticar esse esporte, que, chamo a atenção, é de elevada periculosidade, visto que, se trata de esporte em habitat diferente do do ser humano.

Por isso é que tenho observado aos meus filhos que a prática desse esporte exige, ao meu sentir, uma CUIDADOSA e simples REGRA de sobrevivência: entre no mar com os amigos, nunca sozinho, e, saia do mar, sempre com os amigos.

NUNCA, em especial, ao anoitecer, aguarde a última onda sozinho, pois, esta pode ser a fatídica surfada de uma pranchada na cabeça, levando, ao acaso, a uma situação de desmaio ou desorientação momentânea.

Quem surfa sabe: é coisa de segundos.
Uma atitude ou procedimento de resguardo, qual seja, botar as mãos na cabeça, na hora do caldo.

Tudo isso se complica quando se está só, nas surfadas diversas em qualquer praia, especialmente em picos que não se conhece ou de chão pedregoso.

Portanto, que essa trágica perda de um jovem surfista, amigo dos nossos filhos, “brother”, como se chamam, SIRVA, como forte lembrança para
protegermos nossos filhos, em mar, e, além mar, quando irão buscar surfe em outras terras distantes.

Vale a chamada: “FILHO, NO MAR, SOZINHO, JAMAIS”.
Longa vida a todos os surfistas.

João Pedro

Surfista veterano e pai de surfistas




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