Na manhã do dia primeiro de novembro,
assisti à formatura de encerramento da Missão das Nações Unidas para a
Estabilização do Haiti, que foi realizada no 3º Regimento de Cavalaria de
Guarda de Porto Alegre. A missão, comandada militarmente pelo Brasil, que iniciou em 2004 devido a um estado de guerra civil, foi
encerrada no final de agosto último, depois de treze anos.
Mais uma vez testemunhei o quanto a solidez, a organização e a
seriedade do Exército Brasileiro educa e dá exemplo, ensina retidão aos que por
ele passam, formando bravos soldados que incorporam seus valores e preceitos em
cada tarefa e que o carregam para sempre consigo.
Estávamos diante de militares das Forças Armadas que
participaram da Missão de Paz naquele país que foi devastado por um terremoto
que deixou milhares de mortos e desabrigados em 2010, e que na sequência viveu
uma epidemia de cólera e um furacão. Lá, eles ajudaram a reconstruir as cidades
destruídas e a resgatar, além da segurança, a fé e a esperança daquele povo.
Sua contribuição foi inestimável. Eles foram incansáveis e conferiram orgulho e
credibilidade mundial ao Brasil. O amor à Pátria e o entendimento profundo do
significado das palavras que estão escritas na nossa bandeira nacional,
"ordem e progresso", foi o que norteou e motivou esses homens e
mulheres que lá no Haiti vestiram, com humildade e heroísmo, as boinas azuis da
paz. Penso que a sociedade civil brasileira deveria se espelhar neste feito,
quando vivemos um movimento contrário de falta de patriotismo e de desordem
política, moral e social.
Vendo a postura dos militares durante o
belo ato de lembrança ao nobre trabalho realizado e aos colegas que lá perderam
suas vidas, e escutando o emocionante discurso de reconhecimento e
agradecimento feito pelo Comandante Militar do Sul, General Edson Leal Pujol,
abriram-se as comportas do tempo e senti presente tudo o que aprendi com o
Exército Brasileiro desde criança, através do exemplo do meu pai militar, Pedro
Américo Leal e do convívio com a família verde-oliva.
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